Com o intuito de debater e buscar soluções para se atingir uma economia rica e sustentável, representantes da indústria e do governo federal participaram, nesta quarta-feira (19), do primeiro evento do Fórum Amazônia +21. A iniciativa tem como objetivo promover o mapeamento de perspectivas e buscar soluções para temas como biociência, tecnologia, meio ambiente, inovação e sustentabilidade.
O encontro foi transmitido em uma live nas redes sociais. Na ocasião, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu que o Brasil tem capacidade de possuir uma economia próspera e alcançar a liderança mundial a partir de projetos que reduzam a emissão de carbono e promovam trabalhos voltados para a bioeconomia.
“A indústria brasileira está entre as menos poluentes do mundo. Somos responsáveis e queremos contribuir para a criação de um modelo de desenvolvimento, que considere o potencial dos recursos existentes, garanta o desenvolvimento econômico e social a longo prazo e atenda às metas e compromissos assumidos pelo Brasil em diversos acordos, como o de Paris, por exemplo”, pontuou Robson.
O primeiro evento também contou com a participação do vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, general Hamilton Mourão. Na avaliação dele, a ideia é que os esforços não sejam voltados apenas para a repressão de crimes ambientais na Amazônia.
Apesar de isso ser fundamental, Mourão destaca que também é necessário criar um novo modelo de desenvolvimento pra região, baseado em pesquisa e inovação, e na bioeconomia. “Isso precisa ser baseado na rica biodiversidade, fazendo com que a bioeconomia efetivamente funcione, pare em pé e produza para a Amazônia, utilizando para isso as parcerias público-privadas”, destacou Mourão.
Repercussão no Congresso Nacional
A ideia da proteção, preservação e desenvolvimento da Amazônia também foi defendida pelo deputado federal Delegado Pablo (PSL-AM). O parlamentar entende que o desenvolvimento não está atrelado ao desmatamento, pois esta é considerada uma técnica antiga e rudimentar que não garante mais retorno financeiro.
Nesse sentido, Pablo defendeu a manutenção da Zona Franca de Manaus, que tem gerado emprego e renda para a população, de forma permanente e responsável. “Hoje em dia existem milhões de alternativas que podem ser aplicadas sem que a gente precise derrubar nossa floresta”, disse.
“O nosso Congresso Nacional tem que garantir que iniciativas como a Zona Franca de Manaus, por exemplo, que distribuem renda e garantem emprego para milhares de pessoas, sejam defendidas por parlamentares com unhas e dentes. Se a gente mantiver a Zona Franca de Manaus viva e competitiva, com certeza nós vamos garantir que a floresta fique de pé”, pontua o deputado.
Agenda
Na próxima quarta-feira (26), o Fórum Mundial Amazônia + 21 vai discutir o financiamento do desenvolvimento da região. O evento vai contar com a participação de representantes do Rio Terra, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do BNDES, do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre outros.
A agenda do Fórum deve se estender até o mês de novembro. Nesse período, outros debates serão realizados levando em conta os quatro eixos temáticos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia: negócios sustentáveis, cultura, financiamento dos programas (funding) e ciência, tecnologia e inovação.
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