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terça-feira, 21 de julho de 2020
Pós-Covid: vida velha ou vida nova?
• Por Denilson Grecchi - consultor Grupo Bridge
Dias atrás ouvi em uma reunião algo que me chamou muito a atenção e que gostaria de pensar mais a respeito. Ainda que timidamente, estamos prestes a sair do período de quarentena, flertando com o que seria um retorno a vida “normal”. Sem entrar no mérito de que este seja ou não o momento certo ou mais seguro, o que me chamou a atenção foi justamente a ideia de ser impossível simplesmente retomarmos nossas vidas e tocarmos o barco, segundo uma das participantes da minha reunião.
Os argumentos se desencontravam constantemente naquela conversa, uns afirmando que era possível sim voltarmos para nossa “vida velha”, e outros dizendo que nada voltará a ser como era antes, ou seja, aquela vida pré-pandemia não existe mais, portanto, impossível ser acessada novamente pois teremos uma “vida nova” a ser vivida daqui para frente. Achei curioso que esses argumentos tenham sido colocados de forma tão contraditória: “vida velha” versus “vida nova”, pois não acredito que as coisas precisem ser colocadas dessa forma, talvez exista uma terceira via mais conciliadora.
Ao invés de contrapor a vida velha com a vida nova, sugerindo que todos nós entramos em um novo mundo onde pouco se aproveita do anterior, gosto de pensar nas nossas vidas como um fluxo contínuo que se torna mais fluído quanto mais conseguimos nos ajustar e darmos novas respostas a novos problemas ou ainda darmos novas respostas a antigos problemas.
Vejo então que é possível sim voltarmos a nossa vida velha desde que ela já contemple uma dinâmica de adaptações e evoluções que tenha nos permitido chegar “bem” até a pandemia. Que tenha permitido também que enfrentássemos esse período da forma mais saudável possível e que agora nos permita olhar para frente esfregando as palmas das mãos e nos perguntando o que virá a seguir. Essa vida velha, diríamos, está bem alinhada com as novas demandas de um mundo pós-pandemia.
Mas e se a vida velha já era uma vida inadaptada e com dificuldades de lidar com os problemas do cotidiano?
Então já era, mesmo antes da pandemia, necessário rever algumas posturas para que a vida seguisse seu curso de forma fluída e positiva. Se fazer escolhas equilibradas e coerentes já era difícil mesmo antes da pandemia, possivelmente não será mais fácil agora. Neste caso, ainda que haja uma vida nova, esta não poderá ser vivida por limitações impostas por um determinado modo de ser.
Agora, se as experiências pelas quais se passou ao longo dos últimos meses mudaram a forma de se enxergar o mundo e sua forma de fazer escolhas nele, ótimo! A verdadeira mudança da vida velha para a vida nova aconteceu e então habilita qualquer um a viver novas e melhores possibilidades de escolhas e, portanto, de vida.
Por fim, no meu modo de ver, a pandemia por si só não tem o poder de transformar vidas velhas em vidas novas. Esse poder está nas nossas mãos e pode ser acessado a qualquer momento, sempre pode, precisando apenas de um grande “gatilho” para ser disparado. A pandemia apenas tem nos oferecido constantes oportunidades de transição e cabe a cada um, dentro das suas possibilidades, aceitar e viver a nova ou velha vida que puder.
E você, que vida pretende viver na era pós-covid?
*Pai dos pequenos Sophia, Lucca e Matteo! Adora tecnologia, uma boa história e não perde a oportunidade de dar um rolé com sua motoca. Psicólogo e Mestre, faz parte do time de consultores do Grupo Bridge.
sexta-feira, 3 de julho de 2020
Produção de vacina contra Covid-19 deve iniciar no final do ano no Brasil
O diretor-executivo de relações corporativas da AstraZeneca no Brasil, Jorge Mazzei, afirmou que, caso a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford se comprove eficaz em testes preliminares, a produção no Brasil começará no fim do ano. A informação foi dada nesta quarta-feira (1º), durante audiência pública da Câmara dos Deputados.
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O acordo fechado com o governo brasileiro, segundo Mazzei, estabelece que logo que for comprovada a eficácia e segurança da vacina, já haja matéria-prima para a produção imediata pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo a diretora médica da AstraZeneca Brasil, Maria Augusta Bernardini, a vacina está na terceira fase de testes, ou seja, de ensaios clínicos em humanos. Isso significa que o procedimento está em uma etapa de desenvolvimento mais avançada quando comparada a outras vacinas contra a Convid-19 pesquisadas no mundo.
No Brasil, o objetivo é testar 5 mil voluntários, a partir de parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Por enquanto, metade dessas pessoas vai receber a vacina experimental, e a outra metade um ativo comparador. Os voluntários serão acompanhados durante um ano, mas com avaliações preliminares periódicas de eficácia.
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