O Presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), envolvido como um dos suspeitos de ter aceitado propinas no caso intitulado pela Polícia Federal de "Alba Branca", tentou impedir a invasão dos estudantes, anunciando que pediria reintegração de posse e evitaria a entrada de mantimentos para os manifestantes que permanecessem no local, liberando apenas água e a utilização de um banheiro.
A "Máfia da Merenda" é um esquema investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, aonde ocorreu superfaturamento na distribuição de suco de laranja para a rede pública, com propinas que chegam a 30% dos valores acertados.
A intenção dos Estudantes é de permanecerem na Assembleia Legislativa, até que consigam todas as assinaturas suficientes, para que seja instalada uma CPI. A ação dos estudantes, gerou tumulto e nervosismo entre os deputados. O deputado João Paulo Rillo (PT), irritado com a tentativa de conter a entrada dos estudantes ao recinto, agrediu um dos policiais.
O esquema da "Máfia da Merenda" funcionava assim: a COAF - Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar, vendia os produtos superfaturados para as escolas estaduais e passava parte do valor excedente do contrato, como propina aos agentes públicos.
Esse tipo de produto é comprado por meio de chamadas públicas (sem licitação) e segundo a Folha de São Paulo, a COAF fundou duas cooperativas de fachada que apresentavam propostas diferentes para criar aparência de uma disputa pelo melhor preço, garantindo a vitória da Coaf, cujos preços eram superfaturados, dos quais, sobrava dinheiro para a propina.
Até nos atestados que comprovavam que os produtos vinham de agricultura familiar, a cooperativa utilizou centenas de documentos fraudados, usando pequenos agricultores que desconheciam o fato.
Os estudantes passaram a noite na Assembleia Legislativa e por conta disso, Capez deu folga aos trabalhos e aguarda que os jovens sejam vencidos pelo cansaço.