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segunda-feira, 9 de maio de 2011

reflexão sobre a proximidade entre a arte contemporânea e o barroco


Exposição propõe uma reflexão sobre a proximidade entre a arte contemporânea e o barroco

 O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) abrirá a exposição coletiva “Eco Barroco”, com curadoria de Rafael Limaverde e Simone Barreto, no próximo dia 17 (terça-feira), às 18 horas. Com entrada franca, a mostra ficará em cartaz até o dia 17 de junho deste ano (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 12h às 18h).
Participam da exposição os seguintes artistas e coletivo de artistas: Euzébio Zloccowick (fotocolagem); Robézio Marqs (técnica mista); Henrique Viudez (técnica mista); LeoBdss (técnica mista); Francisco de Almeida (xilogravura); Diogo Braga (vídeo-instalação); e o Grupo Acidum (grafite/stencil).

Texto curatorial
A exposição Eco Barroco propõe uma reflexão sobre a proximidade da arte contemporânea e o barroco. Artistas de diferentes linguagens foram convidados para uma compilação de múltiplos ecos do barroco na atualidade, não só resgatando a magnificência deste estilo como o aproximando dos dias de hoje, promovendo instigante debate entre artistas e épocas. As linguagens contempladas são fotografia, grafite, pintura, vídeoarte e xilogravura.
A História da Arte manifesta-se numa pulsão ininterrupta, um espiral que retorna ao ponto de partida, porém sempre modificado, mais abrangente. Dentro dessa perspectiva propomos um olhar atento às analogias possíveis, não só sobre o universo artístico, mas sobre o pensamento, a atitude do homem frente ao mundo, criando paralelos entre esse “homem contemporâneo e o homem barroco”.
Após a Arte Moderna, que se esbaldou da nova tecnologia, a Arte Contemporânea surgiu procurando revisitar o passado, manifestando-se muitas vezes em técnicas aparentemente “acadêmicas”. Experimentamos uma gama de possibilidades artísticas que só são possíveis com o advento da tecnologia. Contudo, para a arte, a utilização desta já não basta, não significa em si o fim. Não mais o manuseio virtuoso do pincel ou do computador qualificará uma obra de arte. Na contemporaneidade é a característica da linguagem, a utilização precisa do meio para cada ideia, a experiência e a informação, isso que passa a determinar a qualidade de uma obra de arte.
Arte Contemporânea se vê frente à mesma experiência do Barroco. Movimento posterior a época de grande avanço racional e tecnológico, se utilizando dessas possibilidades, porém dentro de uma nova configuração. O artista contemporâneo divide olhar entre as inovações do mundo globalizado em frenética transição, e suas tradições, sua espiritualidade. Experimentam um retorno às antigas técnicas e conhecimentos. Uma ressignificação de conteúdos e formas, um olhar não apenas técnico mais transcendente do mundo.
A exposição “Eco Barroco” permitirá esse diálogo entre tempos artísticos cronologicamente distantes, mas em sua essência próximos, pois tratam da busca do homem, através da arte, de respostas e perguntas para o mundo e para si mesmo. E isso é atemporal.
O critério de escolha dos artistas partiu da análise de suas trajetórias e como aspectos do barroco estão presentes em suas obras.