“Vamos o mais longe possível para levar a inclusão financeira à base da pirâmide”. A frase é do diretor do Departamento de Benefícios do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Anderson Br andão, que participou, nesta sexta-feira (19), do encerramento do II Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira, em Brasília. Brandão fez uma síntese dos painéis apresentados durante o encontro, que teve início quarta-feira (17) e reuniu, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, representantes de governo, de bancos, operadores, técnicos nacionais e internacionais e pesquisadores.
Ele destacou os debates sobre a adequação que os serviços financeiros precisam sofrer para atender a população de baixa renda. “Esse público possui renda muito pequena, volátil e incerta e os serviços ofertados, como crédito e seguro, por exemplo, têm prestações e custos altos”, destacou.. Outra barreira citada por ele no atendimento à demanda das famílias de baixa renda é o sistema de poupança, ainda pouco flexível. Brandão disse que o Brasil já adotou todas as estratégias necessárias para a inclusão financeira e que necessita apenas intensificá-las. Ele ressaltou ainda que, no que se refere ao uso dos telefones celulares na logística dos serviços bancários, há uma convergência de interesses entre a telefonia e os bancos para que esse tipo de serviço seja instalado no Brasil. “Não falta capacidade – tanto do lado do sistema financeiro quanto das operadoras – para que essa parceria seja feita e para que os telefones celulares sejam utilizados como auxiliares aos serviços bancário e financeiros”, frisou.
O secretário executivo do MDS, Rômulo Paes, também compareceu ao encerramento do fórum. “Esse processo de emergência social e econômica que o Brasil vivencia abre inúmeras possibilidades para aqueles que sofrem com a situação de ausência de acesso, de pobreza, dificuldades e vulnerabilidades diversas”, afirmou. “O Brasil tem dado oportunidade para que essa parcela da população possa participar de uma economia extremamente dinâmica, em um País que se renova intensamente”, salientou.
O II Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira teve a parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e MDS.
Fonte: Rogéria de Paula / Ascom