De dentes artificiais a consultórios completos, a indústria brasileira trabalha para se consolidar como um dos principais fornecedores mundiais do setor. Para atingir o objetivo, um grupo brasileiro prepara roteiro comercial em uma região promissora: o mercado árabe.
Pela quarta vez, uma comitiva formada por 19 de fabricantes de insumos e equipamentos odontológicos está em Dubai para participar da International Dental Conference &Arab Dental Exhibition (AEEDC), que acontece entre hoje (9) e 11 de março. A meta do grupo é expandir a atuação na região do Golfo e Oriente Médio, criar novas conexões com outros países presentes no encontro e voltar ao Brasil com US$ 6 milhões em exportações alinhavadas.
Antes da feira, o grupo brasileiro visitará o Dubai Healthcare City, primeira zona livre do setor médico do mundo que oferece uma grande variedade de tratamentos médicos a pacientes nacionais e internacionais. Trabalham no DHCC 19.523 profissionais da área da saúde, tanto do setor privado como particular, incluindo 6.064 médicos. O DHCC é dividido em duas comunidades: comunidade médica e comunidade do bem-estar, que ocupam 380 mil m² e 1,7 milhões de m², respectivamente, e abrigam hospitais gerais e especializados, clínicas, spa resorts, laboratórios e todos os serviços ligados à área de saúde. No roteiro também está prevista uma visita ao Centro de Negócios da Apex-Brasil, que em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) responde pela participação brasileira na AEEDC.
Segundo o diretor-executivo da ABIMO, Hely Maestrello, a presença na feira figura como a pauta mais importante da visita à capital dos Emirados Árabes Unidos. "Além de atrair visitantes do mundo inteiro, o encontro reúne compradores árabes e do Norte da África, dois centros consumidores relevantes para as exportações brasileiras no segmento", explica Maestrello.
Setor superavitário - Há sete anos consecutivos, o segmento odontológico mantém o saldo positivo da balança comercial. Relatório parcial encomendado pela ABIMO indica que o setor encerou 2009 com US$ 70,4 milhões em exportações e US$ 45,8 milhões em importações. O desempenho está associado à tecnologia empregada nos produtos desenvolvidos pelo setor e pela capacidade fabril instalada no país. Dos 800 mil implantes e 2,4 milhões de acessórios e componentes protéticos consumidos anualmente no país, 90% é fornecido pela indústria nacional.