Angústia, medo, mãos suando, frio na barriga. Sintomas comuns nas crianças que estão prestes a entrar pela primeira vez em uma escola desconhecida. Sofrendo pelos filhos, os pais ficam ansiosos para levá-los ao primeiro dia de aula na nova escola, e apreensivos - afinal como eles irão se comportar? A psicóloga Giovana Tessaro diz que o método como a família trata o assunto influencia muito na maneira como o filho vai encarar a situação. A família deve alertar os filhos sobre os reais motivos da mudança, envolvendo o estudante no processo de avaliação da escola desde o início. “É importante colocar a realidade para o filho e dizer por que ele está mudando de escola. Com a honestidade, a criança vai se sentir mais segura e confiar nos pais”, completa a profissional, alertando que mesmo que a criança seja pequena, é necessário manter esse laço de cumplicidade. Há os casos em que o aluno não muda apenas de escola, mas também de cidade, o que pode tornar o processo de adaptação ainda mais difícil. Com todos os amigos distantes, o cuidado deve ser ainda mais especial, porém a chegada da criança pode ser uma forma de trabalhar a diferença é uma forma de educar não apenas o aluno que está chegando, mas toda uma turma. A psicóloga Giovana Tessaro acredita que trabalhar as diferenças pode ser extremamente enriquecedor. “O educador pode falar sobre os diversos sotaques presentes no Brasil e sobre regionalização, por exemplo. Ou mesmo sobre as diferenças da cidade com a cidade da criança recém-chegada. É uma forma de transformar a diferença em oportunidade de aprendizagem para todos”, conclui.
Giovana Tessaro, psicóloga (http://www.giovanatessaro.com.br/)