Tudo começou em 9 de Dezembro de 1531 no México, durante o Império Asteca, quando um índio chamado Juan Diego teve a visão de uma Santa que lhe pediu para informar ao Bispo, que deveria ser construído um Templo em sua homenagem no morro de Tepeyac.
O Bispo não acreditou no Índio e pediu que lhe provasse a presença da Virgem. No referido morro, começaram a nascer rosas, formando um jardim. O índio, colheu algumas rosas, embrulhou-as em seu manto e ao entregá-las ao bispo, as flores cairam no chão e estava revelada no manto do índio a milagrosa imagem de Maria.
Assim, o Bispo ordenou a construção conforme solicitado.
O Bispo ordenou então que fosse construído o Templo dedicado a Virgem de Guadalupe, exatamente no Morro de Tepeyac, lugar onde ocorreram as aparições.
Segundo os ostrólogos, na manhã do dia da aparição, ocorreu um Solstício de Inverno, símbolo cósmico da ressurreição do Sol, do retorno da vida. Neste Solstício a Terra começa a se aproximar novamente do Sol e, no hemisfério norte, o inverno começa a perder sua força e a luz solar chega ao planeta com maior intensidade. Para muitas culturas ao redor do mundo esta data é de maior importância, e o mesmo não era diferente para as culturas das Américas.
Evento este comprovado pelo doutor Juan Homero Hernández Illescas, que comprovou que no manto da Virgem de Guadalupe ficou reproduzido o mapa do céu no exato momento em que ocorreu a aparição. Estão gravadas no manto as estrelas mais brilhantes das principais constelações visíveis desde o Vale de Anáhuac naquela madrugada de 9 de Dezembro de 1531. As estrelas estão agrupadas de forma impressionante, retratando com exatidão as constelações que testemunham a maravilha do acontecimento.
Outras constatações aumentam ainda mais a relevância do Manto da Virgem de Guadalupe.
Quando se mede a temperatura da fibra de maguey utilizada para confeccionar o manto, constata-se que ela mantém uma temperatura constante de 36.6 graus, a mesma do corpo de uma pessoa viva.
Um dos médicos que analizou o manto colocou seu estetoscópio sobre a imagem do ventre da Virgem e encontrou batimentos que se repetem ritmicamente a 115 pulsações por minuto, igual a de um bebê no ventre materno.
O engenheiro José Aste Tonsman, do Centro de Estudos Guadalupanos do México, graduado em engenharia de sistemas ambientais pela Universidade de Cornell, estudou durante mais de vinte anos a imagem da Virgem, e divulgou os resultados de duas investigações em uma conferência, onde afirma que a fibra de maguey que constitui o manto não permanece consistente, em condições normais, por mais de 20 ou 30 anos. Contudo, depois de mais de 4 séculos a imagem de Maria permanece intacta, mesmo depois de ter permanecido mais de um século sobre uma parede húmida, entre a fumaça de milhares de velas, e manuseada por uma multidão de índios.
Em sua conferência, o doutor Aste afirmou que a imagem da Virgem não foi pintada por mãos humanas, já que não foram descobertos traços de tinta no manto. Quando aproximamos a vista a uns 10 centímetros da imagem, é apenas possível enxergar as fibras cruas de maguey. A esta distância as cores desaparecem. Uma emissão de raio laser foi lançada verticalmente sobre o manto e assim se detectou que a coloração não está nem na parte frental e nem no verso. As cores parecem flutuar sobre as fibras a uma distância de três décimos de milímetro, sem tocá-lo.
Em 1979 os norte-americanos Philip Callahan e Jody B. Smith estudaram a imagem com raios infravermelhos e foram surpreendidos pela ausência de vestígios de pintura.
Callahan e Smith mostraram ademais que a imagem muda ligeiramente de cor segundo o ângulo de visão, um fenômeno conhecido como iridiscência, uma técnica que não pode ser reproduzida com mãos humanas.
Aste Tosman recorda que Richard Jun, prêmio Nobel de Química, através de análises químicas, constatou que a imagem não possui corantes naturais, nem animais, nem muito menos minerais. Já que na época não existiam corantes sintéticos, a origem da imagem é inexplicável.
Por diversas vezes, ao longo dos séculos, foram pintadas figuras sobre o manto, que com o tempo desaparecem por completo, permanecendo apenas o desenho original, com suas cores vivas.
Imagem da pupila da Santa na pintura do manto revela pessoas
Estudos oftalmológicos realizados nos olhos de Maria detectaram que, ao serem aproximados de um foco de luz, a pupila se contrai, e ao ser retirado este foco de luz retirar la luz, torna a pupila a dilatar, tal como ocorre com um olho vivo. Seus olhos também apresentam refrações de imagem típicas de um olho humano.
O engenheiro Aste também investigou o enigma dos olhos da Virgem. O reflexo emitido pelos olhos da Virgem de Guadalupe é extamanete a cena na qual Juan Diego mostrava ao Bispo Juan de Zumárraga e aos presentes o manto com a misteriosa imagem, em 9 de Dezembro de 1531.
Seus estudos a respeito dos olhos da Virgem começaram em 1979. O pesquisador aumentou as íris dos olhos da Virgem até alcançar uma escala 2.500 vezes superior ao tamanho real e, através de procedimentos matemáticos e ópticos, conseguiu identificar doze pessoas impressas nos olhos.
Nestes mesmos olhos estão refletidas as testemunhas do milagre de Guadalupe, do momento em que Juan Diego mostrava o manto ao Bispo. Os olhos da Virgem contêm o reflexo que teria ficado impresso nos olhos de qualquer pessoa nesta posição.
É possível identificar um índio sentado, que olha para o alto; o perfil de um ancião, com a barba branca e a pronunciadamente calvo, exatamente como o retrato do Bispo Juan de Zumárraga feito por Miguel Cabrera para representar o milagro; um homem mais jovem, provavelmente o intérprete Juan González; um índio con barba e bigode, que abre seu próprio manto ante o Bispo, sem dúvida Juan Diego; uma mulher de rosto escuro, uma serva negra que estava a serviço do Bispo; um homem de traços espanhóis que olha pensativo cofiando a barba com a mão.
No centro das pupilas, a uma escala muito mais reduzida, é possível ver outra cena, totalmente independente da primeira. Trata-se de uma família indígena composta por uma mulher, um homem e algumas crianças. No olho direito aparecem outras pessoas de pé atrás da mulher.
No ano de 1791 foi derramado acidentalmente ácido muriático sobre o lado superior direito do manto. Trinta dias depois, sem nenhuma espécie de intervenção, o tecido danificado se reconstituiu. O único sinal deste acidente é uma suave descoloração no local onde foi derramado o ácido.
No dia 14 de Novembro de 1921, Luciano Pérez, um anarquista espanhol, cometeu um atentado com explosivos contra o manto, destruindo tudo ao redor, inclusive uma pesada cruz de metal que havia por perto. O manto permaneceu em perfeito estado de conservação.
Recentemente, criaram uma partitura musical da conjunção formada pelas estrelas no manto e o resultado, pode-se conferir no segundo vídeo acima.
CONCLUSÃO
O culto a Nossa Senhora de Guadalupe deu-se rapidamente, muito contribuindo para a difusão da fé, primeiramente entre os indígenas e posteriormente sendo difundida entre o mundo inteiro, em especial na América Latina, onde foi proclamada padroeira. Após a construção sucessiva de três templos ao pé do cerro de Tepejac, edificou-se o atual, concluído em 1709 e elevado à categoria de Basílica por São Pio X, em 1904.
Em 1704 o Papa Bento XIV confirmou o patrocínio da Virgem de Guadalupe sobre toda a Nova Espanha (do Arizona à costa Rica) e concedeu a primeira Missa e Ofício próprios. Porto rico proclamou-a Padroeira em 1758. Em 12 de outubro de 1892 houve coração pontifícia da imagem, concedida por Leão XIII, que no ano interior aprovara um novo Ofício próprio.
Em 1910 São Pio X proclamou-a Padroeira da América Latina; em 1935 Pio XI designou-a Padroeia das Ilhas Filipinas e, em 1945, Pio XII deu-lhe o título de "Imperatriz da América".
O Papa João Paulo 2º, em 30/07/2002 canonizou, na Basílica de Guadalupe, na Cidade do México, Juan Diego, primeiro índio da América a se converter em santo, em uma cerimônia presenciada por milhares de indígenas.
Uma música interpretada por indígenas usando trajes pré-hispânicos inaugurou as palavras do Papa.
"Declaramos e definimos como santo o beato Juan Diego", disse o papa, ao som de 10 mil maracas pré-hispânicas agitadas pelos que acompanhavam a missa.
A veneração da Virgem de Guadalupe, solícita a prestar auxílio e proteção em todas as tribulações, desperta no povo grande confiança filial; constitui, além disso, um estímulo à prática da caridade cristã, ao demonstrar a predileção de Maria pelos humildes e necessitados, bem como sua disposição em assití-los.
Oração à Nossa Senhora do Guadalupe (Pelo Papa João Paulo II)
Oh, Virgem Imaculada, Mãe do verdadeiro Deus e Mãe da Igreja! Tu, que desse lugar manifestas tua clemência e tua compaixão a todos que solicitam teu amparo; escuta a oração que com filial confiança te dirigimos e a apresente a teu Filho Jesus, nosso único Redentor. Mãe de Misericórdia, Mestra do sacrifício escondido e silencioso, a ti, que vens ao encontro de nós pecadores, te consagramos neste dia todo nosso ser e todo nosso amor. Consagramos-te também nossa vida, nossos trabalhos, nossas alegrias, nossas enfermidades e nossas dores. Concede a paz, a justiça e a prosperidade a nossos povos. Tudo o que temos e somos colocamos sob teus cuidados, Senhora e Mãe nossa. Queremos ser totalmente teus e percorrer contigo o caminho de plena fidelidade a Jesus Cristo em sua Igreja. Não nos soltes de tua mão amorosa. Virgem de Guadalupe, Mãe das Américas, te pedimos por todos os bispos, para que conduzam os fiéis por caminhos de intensa vida cristã, de amor e de humilde serviço a Deus e às almas. Contempla esta imensa messe, e intercede para que o Senhor infunda fome de santidade em todo o Povo de Deus, e envie abundantes vocações sacerdotais e religiosas, fortes na fé e zelosos dispensadoras dos mistérios de Deus. Concede aos nossos lares a graça de amar e respeitar a vida que começa, com o mesmo amor com que concebeste em teu seio a vida do Filho de Deus. Virgem Santa Maria, Mãe do Formoso Amor, protege nossas famílias, para que estejam sempre muito unidas, e abençoe a educação de nossos filhos. Esperança nossa, lança-nos um olhar compassivo ensina-nos a procurar continuamente a Jesus e, se cairmos, ajuda-nos a nos levantar, a nos voltarmos a Ele, mediante a confissão de nossas culpas e pecados no sacramento da Penitência, que traz serenidade à nossa alma. Nós te suplicamos para que nos concedas um grande amor a todos os santos Sacramentos, que são as pegadas de teu Filho na terra. Assim, Mãe Santíssima, com a paz de Deus na consciência, com nossos corações livres do mal e do ódio poderemos levar a todos a verdadeira alegria e a verdadeira paz, que vem de teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que com Deus Pai e com o Espírito Santo vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.
Sua Santidade João Paulo II - México, janeiro de 1979
FONTE DE PESQUISA: Gnóstica, Portal São Francisco,