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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Vice apresenta edição de Foto 2009

Foto da capa: Terry Richardson

Publicação traz trabalhos de grandes nomes da fotografia

A revista Vice apresenta sua Edição de Foto 2009. Dedicada à fotografia, a publicação reúne trabalhos e depoimentos de grandes artistas do gênero. Estão lá nomes como Stephen Shore, Harri Peccinotti, Catherine Opie e entre outros.

Se Stephen Shore fosse conhecido apenas por suas fotos icônicas tiradas quando era adolescente na Silver Factory de Andy Warhol, ele provavelmente ainda teria um lugar na história da fotografia. Porém, inspirado e estimulado por uma viagem de carro que fez de Manhattan a Amarillo, no Texas, em 1972, Shore foi além e se tornou o pioneiro no uso de cores em fotografias de arte. Com o passar dos anos, suas fotos também documentaram a América e os americanos de uma forma que antecedeu uma estética direta e crua, utilizada por muitos fotógrafos atualmente.

Todo fotógrafo que construiu uma carreira fora do esquema "apertar-botões-na-frente-de-mulheres-lindas" deve muito a Harri Peccinotti. Ele foi a primeira pessoa que conseguiu capturar com consistência a sexualidade das atividades cotidianas através de uma câmera: garotas subversivamente majestosas com um pirulito na boca, closes de bundas em bicicletas e algumas coelhinhas nas praias californianas.

Já Catherine era praticamente a fotógrafa documental oficial do movimento lésbico/gay/transexual/BDSM/arte-performance-radical. Mas isso é apenas uma parte do seu trabalho. Em sua gigantesca retrospectiva no Guggenheim ano passado, ela exibiu por volta de 200 fotografias feitas nos últimos 20 anos – fotos formais de casas de Beverly Hills, auto-estradas e pequenos shoppings de Los Angeles, depósitos de gelo em Minnesota e paisagens urbanas de Chicago, Nova York e Minneapolis, junto com retratos de surfistas e jogadores de futebol americano, e sim, claro, lésbicas, uma parte crucial de sua carreira.

Há também imagens de vigilância tiradas por fotógrafos da polícia secreta do governo comunista na Tchecoslováquia nos anos 70 e 80. São fragmentos preciosos da vida cotidiana de uma época que poucos estrangeiros puderam testemunhar. Na outra ponta da história, é o cotidiano da Rússia nos dias de hoje que Sergei Maximishin capta com suas lentes.

Sobre a Vice

A marca Vice pode ser definida como uma produtora independente de conteúdo nas plataformas online (Viceland), portal de vídeo (VBS – que tem Spike Jonze, diretor dos filmes “Quero Ser John Malkovich”, “Três Reis”, entre outros, como diretor criativo), impressa (revista) e conteúdos e eventos customizados, como o caso do The Way We Run, série de eventos promovidos em parceria com a Converse que, por quatro terças-feiras, se instalou em locações próximas entre si na cidade de São Paulo.

Calcada na cultura indie e no conteúdo transgressor, a Vice chegou ao Brasil pelas mãos do Publisher Tony Cebrian e de Chico Lowndes, consultor associado. Em linhas gerais, seu público é formado por “trendsetters” entre 18 e 34 anos de idade e todo “Young heart” ávido por consumir cultura em primeira mão.

Nos EUA, por exemplo, são distribuídas mais de 1 milhão de revistas gratuitas. São mais de 2500 colaboradores ao redor do planeta. Seguindo o modelo aplicado nos 30 países onde circula, a revista Vice tem distribuição gratuita em São Paulo e Rio de Janeiro. Aqui são 20 mil exemplares distribuídos.
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