Autor defende o desarmamento do convívio linguístico em favor da língua portuguesa falada pelos 190 milhões de brasileiros
Em seu novo livro, Marcos Bagno estuda 50 fenômenos linguísticos definitivamente incorporados na língua de todos os brasileiros, inclusive dos chamados “cultos”, mas que ainda são alvo da campanha persecutória e dogmática dos puristas. Não é errado falar assim defende explicitamente o português brasileiro contemporâneo, com base nos resultados de pesquisas realizadas nos últimos quarenta anos.
Um de seus argumentos de defesa é que passou da hora de jornalistas, professores, gramáticos, dicionaristas, autores de livros didáticos, elaboradores e corretores de provas, revisores e outros profissionais da linguagem deixarem de considerar “erradas” as opções linguísticas incorporadas à gramática do português brasileiro, encontráveis inclusive na língua escrita mais monitorada. É hora de deixar de considerar erros de português as formas lexicais ou gramaticais que ocorrem sistematicamente, o tempo todo. Como essas formas continuam a ser condenadas sem razão, Bagno demonstra o motivo de ser desses 50 fenômenos e os exemplifica com um impressionante número de abonações encontradas na grande mídia.
“Não sei se passei por ela desapercebido ou despercebido”. Os incansáveis e quixotescos puristas – mencionados pelo Houaiss – insistem, inutilmente como sempre, em encontrar diferenças onde elas não existem. É só dar uma olhada na internet: chovem “dicas” de português “correto” que tentam convencer a gente de que despercebido e desapercebido não são equivalentes. Essas pessoas querem ser mais realistas do que o rei, querem desautorizar até mesmo os dicionários mais respeitados da língua! Assim, você está autorizadíssimo (a) a usar essas duas palavras como perfeitamente sinônimas e a jogar no lixo qualquer prescrição contrária.
“Aqui você encontra tudo de que precisa!” e “Uma boa parte, sim, mas tudo que eu preciso, não”. A regência do verbo se faz com a preposição de, mas quando se trata de oração adjetiva, podemos aceitar sem dramas que a preposição seja apagada. E o mesmo também vale para o verbo necessitar. Por isso, tanto faz dizer “as coisas de que eu preciso” ou “as coisas que eu preciso”. E vamos tratar de ser felizes!
Não se trata de impor as formas inovadoras ou nenhuma novidade. O que o autor defende é que as formas próprias do saber linguístico intuitivo que todo e qualquer falante tem do bom funcionamento de seu próprio idioma sejam também consideradas legítimas, e que sua análise e descrição sejam incorporadas serenamente nos materiais didáticos.
Também não se trata de propor um vale-tudo linguístico, como os gramatiqueiros de plantão continuam a apregoar nos meios de comunicação. Se é verdade que o convívio social necessita de normas, também é verdade que essas normas (numa sociedade democrática) têm que ser renovadas e aperfeiçoadas periodicamente para estarem a serviço dos cidadãos (e não contra eles).
Sobre o autor:
Marcos Bagno é professor da Universidade de Brasília (UnB). Escritor, poeta e tradutor, vêm se dedicando à pesquisa e à ação no campo da educação linguística, com interesse particular no impacto da sociolinguística sobre o ensino. Mantém uma coluna mensal na revista Caros Amigos; é constantemente convidado a fazer conferências e a ministrar cursos no Brasil, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, na Espanha e no Canadá. Tem diversos livros publicados, dentre os quais se destacam: A língua de Eulália – novela sociolinguística; Preconceito linguístico – o que é, como se faz; Português ou brasileiro? Um convite à pesquisa; Língua materna – letramento, variação e ensino; A norma oculta – língua & poder na sociedade brasileira; Nada na língua é por acaso – por uma pedagogia da variação linguística.
Ficha técnica:
Livro: Não é errado falar assim – em defesa do português brasileiro
Autor: Marcos Bagno
Nº de páginas: 312
ISBN: 978-85-7934-003-1
Preço: R$ 41,00
www.parabolaeditorial.com.br
Telefone de Atendimento ao Consumidor: (11) 5061-9262
Em seu novo livro, Marcos Bagno estuda 50 fenômenos linguísticos definitivamente incorporados na língua de todos os brasileiros, inclusive dos chamados “cultos”, mas que ainda são alvo da campanha persecutória e dogmática dos puristas. Não é errado falar assim defende explicitamente o português brasileiro contemporâneo, com base nos resultados de pesquisas realizadas nos últimos quarenta anos.
Um de seus argumentos de defesa é que passou da hora de jornalistas, professores, gramáticos, dicionaristas, autores de livros didáticos, elaboradores e corretores de provas, revisores e outros profissionais da linguagem deixarem de considerar “erradas” as opções linguísticas incorporadas à gramática do português brasileiro, encontráveis inclusive na língua escrita mais monitorada. É hora de deixar de considerar erros de português as formas lexicais ou gramaticais que ocorrem sistematicamente, o tempo todo. Como essas formas continuam a ser condenadas sem razão, Bagno demonstra o motivo de ser desses 50 fenômenos e os exemplifica com um impressionante número de abonações encontradas na grande mídia.
“Não sei se passei por ela desapercebido ou despercebido”. Os incansáveis e quixotescos puristas – mencionados pelo Houaiss – insistem, inutilmente como sempre, em encontrar diferenças onde elas não existem. É só dar uma olhada na internet: chovem “dicas” de português “correto” que tentam convencer a gente de que despercebido e desapercebido não são equivalentes. Essas pessoas querem ser mais realistas do que o rei, querem desautorizar até mesmo os dicionários mais respeitados da língua! Assim, você está autorizadíssimo (a) a usar essas duas palavras como perfeitamente sinônimas e a jogar no lixo qualquer prescrição contrária.
“Aqui você encontra tudo de que precisa!” e “Uma boa parte, sim, mas tudo que eu preciso, não”. A regência do verbo se faz com a preposição de, mas quando se trata de oração adjetiva, podemos aceitar sem dramas que a preposição seja apagada. E o mesmo também vale para o verbo necessitar. Por isso, tanto faz dizer “as coisas de que eu preciso” ou “as coisas que eu preciso”. E vamos tratar de ser felizes!
Não se trata de impor as formas inovadoras ou nenhuma novidade. O que o autor defende é que as formas próprias do saber linguístico intuitivo que todo e qualquer falante tem do bom funcionamento de seu próprio idioma sejam também consideradas legítimas, e que sua análise e descrição sejam incorporadas serenamente nos materiais didáticos.
Também não se trata de propor um vale-tudo linguístico, como os gramatiqueiros de plantão continuam a apregoar nos meios de comunicação. Se é verdade que o convívio social necessita de normas, também é verdade que essas normas (numa sociedade democrática) têm que ser renovadas e aperfeiçoadas periodicamente para estarem a serviço dos cidadãos (e não contra eles).
Sobre o autor:
Marcos Bagno é professor da Universidade de Brasília (UnB). Escritor, poeta e tradutor, vêm se dedicando à pesquisa e à ação no campo da educação linguística, com interesse particular no impacto da sociolinguística sobre o ensino. Mantém uma coluna mensal na revista Caros Amigos; é constantemente convidado a fazer conferências e a ministrar cursos no Brasil, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, na Espanha e no Canadá. Tem diversos livros publicados, dentre os quais se destacam: A língua de Eulália – novela sociolinguística; Preconceito linguístico – o que é, como se faz; Português ou brasileiro? Um convite à pesquisa; Língua materna – letramento, variação e ensino; A norma oculta – língua & poder na sociedade brasileira; Nada na língua é por acaso – por uma pedagogia da variação linguística.
Ficha técnica:
Livro: Não é errado falar assim – em defesa do português brasileiro
Autor: Marcos Bagno
Nº de páginas: 312
ISBN: 978-85-7934-003-1
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FESTAS E EVENTOS:
LEMBRANCINHAS DE ANIVERSÁRIO, PASCOA, NATAL, ETC:
Imãs de geladeira, porta retratos, diplominhas...
RESTAURAÇÃO E RETOQUE DE FOTOS:
Removo manchas, marcas de expressão, sujeiras, fundos e pessoas. Restauro fotos antigas e faço montagens de fotos infantis para lembrancinhas de aniversário.
EDIÇÃO DE VÍDEOS PARA YOUTUBE E COMEMORAÇÕES
Edição de vídeos caseiros e montagem de vídeos com fotos para youtube ou apresentações em DVD.
www.kidbrinde.webnode.com.pt
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