Psicanalista Dorli Kamkhagi fala sobre
mulheres, sedução e poder “Sedução”. Cleópatra e Helena de Troia, que usaram seus encantos para conquistar o poder –, demonstram que a antiga arte de seduzir faz parte da história. No entanto, a mulher atual tem deixado de lado esta arte milenar desenvolvida e conscientemente utilizada por grandes figuras femininas do passado em decorrência da rotina atribulada.
“Nós, mulheres mortais que carregamos nossos lap-tops, nossas maquiagens e celular e saímos correndo depois de um treino estafante para mais uma jornada igualmente difícil que inclui filhos, amores, maridos, casas, MBA será que não esquecemos um pouco que a sedução vem de um conhecimento de nossas capacidades e daquilo que pode ser transformado em algo único e subjetivo?”, propõe a psicanalista Dorli Kamkhagi.
Segundo Dra Dorli, a mulher percebe que os homens desejam o que ela tem e não se trata apenas do corpo físico (ainda que este pareça ser tão primordial para qualquer conquista na nossa sociedade narcisista), mas há algo mais misterioso da ordem do encantamento, dos perfumes, das vestimentas, enfim, um poder que pode até ser entendido como um jogo. O jogo da sedução.
Existe o desejo de ser sempre única querida e especial. O desejo de ser sedutora também reflete a expectativa que os outros nos rendam homenagens ou não possam viver sem a nossa presença. “Por isso, vale a pena tentar aprender um pouco esta antiga e importante arte”, explica a psicanalista Dorli Kamkhagi em seu artigo para o primeiro exemplar da revista Bo.Bô, publicação da grife Bourgeois Bohême que também traz textos de Sônia Racy, Clara Meneguel e Hildegard Angel.
“O objetivo não é vender moda, mas, principalmente, um estilo de vida que valoriza a mulher atual e todas as suas significações e atribuições”, destaca Dra. Dorli, demonstrando que o tema escolhido para o artigo forma um par perfeito com a publicação.
Doutora em Psicologia Clínica e Mestre em Gerontologia pela PUC – SP, Dorli Kamkhagi faz parte do Board of Directors da Internacional Association of Group Psychotherapy and Group Process (IAGP) e é coordenadora de grupos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Gender Group).
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